Páginas

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Wouldn't change a thing 2#

Acordei no outro dia morrendo de preguiça. Não estava afim de fazer absolutamente nada, mas levantei, lavei o rosto, escovei os dentes e desci para tomar café. Minha mãe tentou falar comigo, mas depois do "bom dia!" não falei mais nada. Tomei meu cafe em silêncio absoluto. Terminando coloquei a louça suja na pia e subi de volta para meu quarto.
Liguei a TV e fiquei assistindo até umas duas horas da tarde. Enjoada resolvir ir tomar banho, pois ainda estava de pijama. Coloquei a água bem gelada para ver se eu me despertava, mas não adiantou. Vesti a primeira roupa que vi. Senti um pouco de fome então me toquei que ainda não tinha almoçado. Desci as escadas e percebi que minha mãe não estava em casa... Como sempre. Almocei e depois voltei para meu quarto. Peguei meu Ipod e comecei a jogar. Depois peguei no sono e dormi. Acordei umas nove horas da noite. Nossa, como eu consegui dormir tanto? isso é que é tédio! Fui jantar e depois novamente voltei para meu quarto.
Não estava com sono então liguei o computador. Fiquei na internet até umas duas hora da manhã, depois fui dormir. E assim foram todos os meus dias. Eu não tinha disposição para nada. Nem sair eu queria mais.
Quatro semanas se passaram e era chegado o dia do meu eterno castigo. Minha mãe foi fazer minha matrícula e alguns dias depois eu fui fazer minhas malas, pois no outro dia eu teria meu primeiro dia de aula. Minha mãe me acordou bem cedo, o que me deixou bastante irritada. Levantei sem ânimo nenhum e fui tomar banho. Terminei e desci para toma café. Acabando fui escovar os dentes e passar uma maquiagem bem básica. Entrei no carro e segui caminha em total silêncio.


Mãe: filha, ficar desse jeito não vai adianta em nada.
Você: ...
Mãe: você não vai mesmo falar comigo, né?
Você: ...
Mãe: tudo bem, se é assim não vou mas incomodar você, mas lembre-se que eu não escolhi isso. A última coisa que eu quero é ficar longe de você, filha. Mas eu vou entender se você me odiar por permitir isso.

Eu estava muito abatida com tudo o que estava acontecendo, mas era verdade, eu não podia culpá-la por isso. Afinal tudo o que ela quer é nunca ser separada de mim. E eu também.


Você: eu nunca odiaria você mãe. Não importa o que aconteça, só que isso tudo é muito novo pra mim. Desculpa ter descontado em você. - eu abaixei a cabeça
Mãe: ah, filha... - ela começou a lagrimar e depois nos abraçamos.
Você: ta, ta bom, vamos parar com isso se não borra a sua preciosa maquiagem. - sorrimos. Logo depois o carro para. Era chegado a hora.
Mãe: tem razão filha. Agora vai. Faz isso por nós ta?
Você: é né? vou tentar, mas não to prometendo nada. E isso não quer dizer que eu não possa gritar com a professora se ela for muito rabugenta.
Mãe: *riso* tudo bem filha, mas de qualquer jeito tente não ser expulsa tá?
Você: *riso* já disse que não prometo nada - nós duas rimos.
Mãe: ta bom filha, boa aula.
Você: tchau mãe, beijo.


Sai do carro, caminhei em direção à entrada. Nossa! aquele colégio era grande mesmo. Tinha muitos outros alunos entrando também, então não foi muito difícil me misturar. Alguns ficaram olhando para mim, mas eu apenas os ignorei e continuei caminhando. Tinha um homem parado bem na entrada dando boas vindas e apertando a mão doas alunos que entravam. Passei direto sem falar com ele que ficou com cara de lezo com a mão estendida.
Entrei e fiquei espantada com a imencidão daquele lugar. Nunca me acharia lá, então peguei aquele papel com um mapa de todos os lugares em que eu teria aula. Vi onde seria meu armario e fui até ele. Coloquei minhas tralhas lá e fui em direção ao corredor onde ficam os quartos, mas depois voltei. Preferi ir conhecer o colégio primeiro.
Comecei a andar de um lado para o outro. Vi as salas de aula, a cantina, o jardim, a sala de estar onde os alunos ficam no seu tempo livre. Vi a piscina que a propósito era enorme, vi o ginásio, o teatro. Enfim, vi tudo. Por último eu fui até os quartos.
Vi o meu nome e o de duas meninas na porta de um dos quartos, então entrei. Até que o quarto não era tão mal. Era bem grande, a parede era da cor beje e tinha uma escadinha que levava à um cantinho mais ou menos da metade do quarto. Lá estavam dois guardas-roupas e duas estantes. No andar de baixo tinha três camas bem arrumadas, uma delas era perto da janela, então eu resolvi ficar com aquela. Tinha uma porta que eu deduzi que era para o banheiro. Coloquei minha mala do lado da cama e me joguei nela. Era macia. Fiquei um tempo deitada na cama até uma menina meio baixa de cabelos curtos, pretos e lisos entrar.


menina: ah, oi? você deve ser a (seu nome), a aluna nova. O meu nome é Amanda. - ela sorriu
Você: iai?
Amanda: Er... não quero ser chata, mas essa cama que você esta deitada é minha.
Você: Ah é? não to vendo seu nome escrito nela.
Amanda: mas ela é minha. eu sou veterana e essa sempre foi minha cama.
Você: ai garota! para de cacarejar e me deixa em paz! vai morrer se não ficar com a cama é?
Amanda: não, mas ela é minha! eu escolhi justo porque é perto da janela.
Você: se o problema e esse eu chamo um pedreiro e mando fazer uma janela perto daquela ali.
Amanda: garota deixa de ser chata e e dá logo a minha cama.
Você: quer que eu coloque em saco pra presente também?
Amanda: ah, mas você é insuportável! -eu fiquei em pé em cima da cama e olhei furiosa para aquela chata.
Você: garota você ainda não entendeu? eu não quero saber se você é veterana ou veterinário, se essa cama era sua ou não, não me interessa. Essa cama é minha agora! entendeu ou seu cérebro-alfinete ta dando defeito de novo? você não vai ganhar essa guerra comigo, isso eu posso te garantir.
Amanda: ah, você é insuportável - ela resmungou depois foi martelando o chão até a outra cama e jogou as malas.
Você: Nossa, como descobriu me apelido?

Dei um sorriso vitorioso para ela que revirou os olhos e saiu do quarto. Me joguei denovo em cima da cama e comecei a olhar o teto. Eu até estava feliz, finalmente tinha feito alguma amizade. Não era a melhor que eu já tive, mas pelo menos eu teria alguém para conversar.
Peguei minha mala e fui trocar de roupa. Vesti um roupa bem bonita, pois eu não estava em casa para me vestir que nem uma mendiga. sai do quarto e fui em direção à cantina ver o quer tinha de bom. Fui vendo como estava minha roupa quando ouço um grito vindo de trás então eu me viro para ver o que era quando eu esbarro em um menino.

Você: presta atenção garoto! não viu que esbarrou em mim?
Garoto: você que não olha por onde anda!
Você: quando eu criar olhos atrás da minha cabeça quem sabe eu olhe.
Garoto: também não precisa ser tão grossa. Desculpa ta?
Você: acho bom mesmo! - eu me virei e fui embora deixando o garoto falando sozinho.

Cheguei  na cantina, peguei uma lata de Coca Cola e me sentei. Francamente! primeiro a menina que eu vou ser obrigada a dividir o quarto é uma insuportável e esse garoto vem e esbarra em mim como se eu fosse algum muro. Eu estava na paz até alguém tocar no meu ombro, sinceramente o meu dia não podia piorar. 

Xx: (seu nome) ? é você mesma?? - eu e minha boca grande.

Não dava pra acreditar, porque eu tinha que abrir a minha boca? era ele! Th... Tho... Thomas. O canalha que me traiu com aquela ridícula no meio de todo mundo. O idiota por quem eu havia derramado tantas lágrimas sem importância. não era possível! Ele havia mudado de colégio para o meu alívio. Mas tinha que ser justo para o meu novo colégio? sinceramente não dava pra acreditar. Tive que ser forte o bastante para conseguir falar alguma coisa, mas eu eu respirei fundo e voltei a olhar para minha latinha.

Você: não, é uma assombração, não me viu atravessando a parede?
Thomas: selvagem como sempre! você nunca muda não?
Você: me erra, ta?
Thomas: como? você agora ta no meu colégio.
Você: sério? não me lembro e ter visto seu nome escrito nele.
Thomas: essa é a (seu nome) que eu conheço, sempre com uma resposta na ponta da língua. Sabe que até já me acostumei? - eu me levantei para ir embora, mas ele segurou meu braço me fazendo olhar para ele. -mas sabe com o que você ainda não se acostumou? a ficar longe de mim. A ficar longe dos meus beijos - ele pegou no meu queixo e foi se aproximando de mim.
    
Eu estava hipnotizada. É verdade, ele havia me iludido demais e eu me decepcionei muito. Eu nunca iria entender por que ele fez aquilo comigo. Eu não merecia isso. Eu ainda chorava algumas noites escondida em meu quarto, e realmente ele tinha razão. Eu não tinha superado o término do nosso namoro, mas ele não ia fica sabendo disso. Quando ele estava quase me beijando eu me virei e o empurei.

Você: desculpa, mas acho que você se enganou sobre mim. denovo! - eu o empurrei com mais força para ele sair da minha frente - babaca!

Eu fui em direção do meu quarto e me joguei em minhha cama. É claro que eu não iria chorar. Eu já derramei muitas lágrimas por pessoas que não mereciam um único sorriso meu. Eu sou forte o bastante, disso eu tinha certeza. Eu sabia que daqui pra frente nada seria fácil. É claro que ele não ia me deixar em paz, mas eu não posso deixar ele me umilhar de novo. Agora porque ele tinha que estar justo neste colégio? O que foi que eu fiz pra merecer isso meu bom Deus? eu nunca usei drogas, nunca fiquei grávida e sempre tratei bem as pessoas... quer dizer.. não tããão bem. Eu tratava elas como elas mereciam. Mas isso não vem ao caso! não dá pra conviver com isso! porque isso só acontece comigo? Ah, que raiva!

Continua...




Nenhum comentário:

Postar um comentário